|
Texto Anterior | Índice
"Imposto e verão são problemas no país", diz Gloria Coelho
FOLHA - O que você mais sente falta depois da separação de Reinaldo
Lourenço?
GLORIA COELHO - Eu não tenho
sentido muito falta ultimamente. Já chorei, mas eu sou uma
fênix, sou forte. Foi um tempo
maravilhoso da minha vida. O
Reinaldo continua amigo nosso, está sempre junto da gente.
Uma porta se fecha, mas dez se
abrem.
FOLHA - Quando você decidiu que
moda seria sua profissão?
GLORIA - Eu tinha 13 anos, tinha
uma costureira que vinha em
casa e eu fazia os modelos para
ela fazer os vestidos. Até que
minhas amigas me pediram para desenhar roupas para elas
também.
FOLHA - O que atrapalha a moda
feita no Brasil?
GLORIA - Falta produção, investimentos, máquinas e existe esse círculo vicioso: as roupas não
vendem muito, e não vendem
porque são caras, e são caras
porque o imposto é alto. Além
disso, falta responsabilidade
das pessoas. Eu marco encontro com uma amiga e ela atrasa
duas horas. Outro problema do
Brasil é o verão, as pessoas ficam muito fora de casa, descompromissadas. Pode perceber que no inverno você fica
mais reflexivo.
FOLHA - Tempos atrás falavam que
você copiava estilistas internacionais. O que você tem a dizer sobre
esse comentário?
GLORIA - Eu nunca ouvi falar disso,
mas tenho uma resposta. Para
você se soltar, tem que primeiro fazer a academia. Depois que
aprende, você pode se soltar e
criar sua própria autoria.
Texto Anterior: "Poucos fazem moda no Brasil", diz Reinaldo Lourenço Índice
|